segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Machado de Assis


Joaquim Maria Machado de Assis (21 de junho de 1839 — 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas.

Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Este romance é incluído ao lado de todas suas produções posteriores, Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro, ortodoxamente conhecidas como pertencentes a sua segunda fase, em que nota-se traços de pessimismo e ironia. Sua primeira frase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde nota-se as características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como prefere a crítica mais moderna.[17]

Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público. Em seu tempo de vida, alcançou uma grande fama pelo Brasil, contudo não desfrutou de popularidade exterior na época. Hoje em dia, é freqüentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes,de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos e admiradores, como Carlos Fuentes, Susan Sontag, Helen Caldwell e Harold Bloom. Este último posicionou-o entre os 100 maiores gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

Obras

Romances

    * Ressurreição, (1872)
    * A mão e a luva, (1874)
    * Helena, (1876)
    * Iaiá Garcia, (1878)
    * Memórias Póstumas de Brás Cubas, (1881)
    * Casa Velha, (1885)
    * Quincas Borba, (1891)
    * Dom Casmurro, (1899)
    * Esaú e Jacó, (1904)
    * Memorial de Aires, (1908)

Coletânea de Poesias

    * Crisálidas, (1864)
    * Falenas, (1870)
    * Americanas, (1875)
    * Ocidentais, (1880)
    * Poesias completas, (1901)

Coletânea de contos

    * Contos Fluminenses, (1870)
    * Histórias da Meia-Noite, (1873)
    * Papéis Avulsos, (1882)
    * Histórias sem Data, (1884)

    * Várias Histórias, (1896)
    * Páginas Recolhidas, (1899)
    * Relíquias da Casa Velha, (1906)








Peças de teatro

    * Hoje Avental, Amanhã Luva, (1860)
    * Queda que as mulheres têm para os tolos, (1861)
    * Desencantos, (1861)
    * O Caminho da Porta, (1863)
    * O Protocolo, (1863)
    * Teatro, (1863)
    * Quase Ministro, (1864)
    * Os Deuses de Casaca, (1866)
    * Tu, só tu, puro amor, (1880)
    * Não Consultes Médico, (1896)
    * Lição de Botânica, (1906)

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